sábado, 22 de maio de 2010

Prefiro homens gostosos



Homem gostoso pra mim é o que tem argumento, inteligência,

carisma, caráter, amor próprio, cultura, conteúdo, honestidade, delicadeza, é os que tem notação nas coisas mínimas,

atenção, que falam pouco e falam bem, que acham que música clássica não é coisa de viado, e que um terno e uma gravata não vão fazer deles homossexuais, e que dão verdadeiro valor a mulher que tem algo na cabeça e se valoriza.

Esses sim me dão prazer, e me fazem ir a delírio.

sábado, 15 de maio de 2010

selados ...


Lembra aquele dia, naquela mesa de lanchonete que você se declarou pra mim, e ainda lembro que estava tocando Connie Talbot. Você disse ‘me espere aqui, voltarei em 5 minutos, vou até meu carro lhe trazer algo’. Se passaram 12 minutos, e comecei a ficar preocupada, tudo de ruim me veio a cabeça, que você teria encontrado alguém no caminho, mais bonita, mais meiga do que eu, e tivesse desistido de mim, ou que você tivesse falado aquilo pra fugir de mim, sem me magoar jogando em minha cara que não me queria mais. Cansada de esperar fui atrás de você preocupada, andei, andei, andei, logo vi uma multidão em volta, pedaços de vidro pelo chão, flores estraçalhadas num canto, pessoas com os olhos arregalados, logo corri para ver o que havia acontecido, quando olho, é você no chão, deitado, com sangue na cabeça, e um embrulho na mão. Apavorei-me rapidamente, sentei ao seu lado chorando que nem uma desesperada, e realmente eu estava. Você ainda com os olhos abertos sorriu para mim, e deu o embrulho, e disse ‘te amo com todas as forças que me resta, por mais que eu tenha pouca, o pouco que me resta é do teu amor, o amor que vou levar pra vida to.. tod.. a ‘ E essas foram suas últimas palavras, as últimas coisas que ouvi da tua boca, a ultima coisa que conseguiste me dizer. Chorei durante horas, meses. Depois de tempos resolvi abrir o que você havia me dado. Era uma pequena caixa bordô. Quando a abri arregalei meus olhos e meu coração doeu. Era uma aliança de ouro, gravada o dia do acontecimento, a aliança de casamento que ele me daria naquele dia, em que duvidei de seu amor, que imaginei ele com outra, que duvidei de sua fidelidade, e o dia em que você me pediria em casamento selando de uma vez por todas a nossa união. E assim foi feito, coloquei a aliança no dedo esquerdo, e selei uma união, eu e você, juntos de qualquer forma. Fui pro banheiro, retirei a gilete de dentro da gaveta, cortei meus pulsos, o sangue escorreu dentro da pia, e logo cai no chão. Vou estar selada com você, de qualquer modo que seja, vou estar selada.


um eu diferente.


Cansei de ter que ficar explicando o por que deixei de gostar de um menino, se ele não me fez nada, se eu comecei a ver defeitos, problema meu, talvez eu que esteja perdendo, mais é o que eu sinto, e nisso ninguém pode mandar. Me acham ridícula por num certo momento eu me isolar da galera, ficar pensativa e talvez até chorar, e ainda por cima ficarem dizendo ‘que sem noção, todo mundo aqui e ela lá no canto’, mais ninguém sabe o que eu possa estar sentindo, os problemas que posso estar passando, as dificuldades que eu tenho. Ninguém vem perguntar ‘está tudo bem? Vamos conversar?’, o máximo que falam é ‘porra, todo mundo junto e tu aqui com essa cara de cú?’. Cansei de ter que ficar sorrindo se por dentro estou chorando. Cansei de fazer social se na real, não estou nem aí. Cansei de sentir vontade de ficar sozinha, e ir pro meio da galera com medo do que poderão pensar. Cansei de ouvir falarem mal de mim e ficar nervosa e irritada porque pensam isso e aquilo de mim. Na real, agora faço o que eu quero, o que EU acho que é certo e não o que dizem que é certo, agora eu tenho opinião e se for pra expor ela e saber que vou me foder depois, não ligo eu exponho, pelo menos sei que vão saber que não tenho cabecinha de merda, e não falo o que eu realmente sinto e penso. Não ligo mais, faço o que eu quero.