domingo, 27 de junho de 2010

um pouco de loucura pra adoçar a vida, ou não.



“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”


Já amo, sou chamada de louca.

Então louca é aquela que ama? Serei louca eternamente.

Amo ser louca, sou amada sendo louca.

Mas louco é aquele que me chama de louca e não ama, e acha que é amado.

Deixe de ser louco. Ou não.

Seja um louco amado, e não um amargurado.

Mas seja louco!



Caderneta Vermelha


O carteiro entregou o telegrama.
José roberto não agradeceu enquanto abria o envelope, uma profunda ruga sulcou-lhe a testa.
Uma expressão mais de surpresa do que de dor tomou-lhe conta do rosto.
Palavras brever e incisas: - Seu pai faleceu. Enterro as 18:00 horas. Mamãe;
João Roberto continuou parado, olhando para o vazio. Nenhuma lágrima lhe veio aos olhos nenhum aperto no coração. Nada.
Era como se houvesse morrido um estranho. Por que nada sentia pela morte do velho?
Com um turbilhão de pensamentos confudido-o, avisou a esposa, tomou o ônibus e se foi.
No íntimo não queria ir ao funeral e, se estava indo era apenas para que a mãe não ficasse mais amargurada. Ela sabia que pai e filho não se davam bem. Ele a tempos se desligou da família e a última coisa que desejava era ser parecido com seu pai.
O velório: poucas pessoas.
A mãe está lá, pálida, gelada, chorosa. Quando reviu o filho foi um abraço em silêncio.
Avistou seu pai enrrolado em um pano vermelho com rosas vermelhas, as quais gostava de cultivar. Uma única lágrima rolava de seu rosto.
Na hora da despedida, a mãe colocou-lhe algo pequeno e retangular na mão.
- Há mais tempo você poderia ter recebido ist - disse.
E a caminho da viagem, meteu a mão no bolso, era uma caderneta vermelha. Abriu-a curioso.
Páginas amareladas. Logo reconheceu a calegrafia firme do pai:
"Nasceu hoje José Roberto. Quase quatro quilos! O meu primeiro filho, um garotão!"
À
medida que folheava, sentia um aperto no estômago, mistura de dor e perplexidade, pois as imagens do passado ressurgiram firmes e atrevidas como se acabassem de acontecer.
Na outra página.
"Roberto me pediu uma bicicleta, meu salário não dá, mas ele merece porque é estudioso e esforçado. Fiz um empréstimo que pretendo pagar com horas extras."
José
Roberto mordeu os lábios, lembrando da intolerância e brigas para ganhar a tal sonhada bicicleta.
"É duro para um pai castigar um filho e bem sei que poderá me odiar por isso; entretando preciso educá-lo para seu próprio bem."
J
osé Roberto fechou os olhos e viu toda a cena quando por causa de uma bebedeira, tinha ido para a cadeia aquela noite, se o pai não tivesse aparecido para impedi-lo de ir ao baile com os amigos... Lembrava-se do automóvel retorcido e manchado de sangue. Parecia ouvir sinos, o choro da cidade inteira enquanto quatro caixões seguiam lugubremente para o cemitério.
As páginas se sucediam, e ele vendo o quanto o pai o havia amado.
A última página: "Deus, o que fiz para meu filho me odiar tanto? Por que sou considerado culpado, se nada fiz, senão tentar transformá-lo em um homem de bem? Meu Deus, não permita que essa injustiça me atormente para sempre. Que um dia ele possa me compreender e perdoar por eu não ter sabido ser o pai que ele merecia ter."
Depois não havia mais anotações.
Naquele momento, ele sentiu vontade de abraçar e dizer palavras bonitas para seu pai, mas só encontrou o vazio.
Não deixe que seja tarde demais para amar seus pais, e dizer a eles o que sentes.

"Honre seu pai para que os dias de tua velhice sejam tranquilos"


Ainda é tempo ...


Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades de ser e de fazer os outros felizes.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, as vezes anos.
Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos o suficiente.
Cobramos dos outros.
Da vida.
De nós mesmos.
Nos consumimos.
Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença.
E o tempo passa ...
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, acordamos e olhamos para trás. E então nos perguntamos. E agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.

terça-feira, 22 de junho de 2010

é só um adorar, só isso ...


Só tenho paz quando estou com você, e quando eu digo que preciso de paz, eu queria mesmo é dizer que preciso de você. O sol me lembra teus olhos, as canções me lembra tua voz, o vento me lembra teu toque, e o teu jeito esquisito de fazer brincadeiras idiotas me faz me apaixonar mais por você. É amor, mas prefiro dizer que é só um “adorar” você, somente isso, sou difícil, não amo.